BLOGGER TEMPLATES AND TWITTER BACKGROUNDS »

21/06/2009

The Revolutionaries - Dread At The Controls Dub (1978)



Aqueles que gostam de um reggae no "estilo tradicional", com ênfase na percussão e baixo com a montagem de entrada e saída de outros instrumentos e vozes, em vez de um excesso de dependência dos efeitos sonoros, vai gostar desse album .

Ele ilustra a ampla gama de instrumentos tipicamente encontrados em um gênero que muitas pessoas associam erradamente só com percussão e baixo[drum and bass]. Ela mostra a incrível gama de talentos musicais que poderiam ser encontradas na Jamaica no final da década de 70.
[Baixe essa Pedra]


01. Double Bubble
02. Michael Campbell Theme
03. The Meek Dub
04. Mixed Up Stuff
05. Bad Company
06. Dread At The Controls
07. Loving Sounds (Aka Official Credentials)
08. Hot Steppers
09. Midnight Clappers
10. Golden Locks

Hugh Mundell Featuring Lacksley Castell - Jah Fire






1 - Be My Princess
2 - Jah Fire
3 - Walk With Jah
4 - King Of Israel
5 - Million Miles
6 - My Woman Can
7 - You Over There
8 - Black Sheep
9 - Million Dub *
10 - King Pablo *
11 - Pablo In The Moonlight *

[Download]

Hugh Mundell - The Blessed Youth (1978-81)



Nascido em 1962, Hugh Mundell foi um jovem prodigio que fez uma das grandes gravações Roots, "Africa Must Be Free By 1983" com apenas 16 anos de idade. Embora produzido por Augustus Pablo, foi Mundell quem escreveu todos os tunes, ganhando desse modo o nickname de "The Blessed Youth" . Introduzido no reggae pelo o seu vizinho, Boris Gardiner, Mundell gravou a sua primeira sessão aos 13 anos, e na altura de sua morte, 1983, tinha produzido 5 LPs e inumeros singles. O que parecia ser uma carreira brilhante foi cortada brevemente quando dispararam sobre o carro onde Mundell seguia com Junior Reid. Os testemunhos do acidente são confusos, alguns relatavam que era sobre uma vingança de um assalto,, outros ainda que era por causa de uma mulher. Sem interessar qual a razão, a sua morte roubou o mundo do reggae de uma luz brilhante. Essa pedra vc não pode deixar de ouvir [ se eh que ja não conhece né?] Download Aqui.




1 - Rastafari Tradition
2 - Oh How I Love H.I.M.
3 - Great Tribulation
4 - Blackman's Foundation
5 - Time Has Come
6 - Don't Stay Away
7 - Live In Love
8 - Time And Place
9 - Feeling Allright (Extended Version)
10 - Stop Them Jah (Extended)
11 - Short Man
12 - Can't Pop No Style
13 - Hey Mr Richman
14 - One Jah, One Aim, One Destiny
15 - Rastafari's Call




Multidões inteligentes e transformação do mundo

40388294_c2f44c1c59.jpg



Esquecidas na era industrial, mas renascidas com a internet, as redes sociais desafiam a fusão entre o poder e o saber, permitem que colaboração e generosidade sejam lógicas naturais e podem fazer da emancipação um ato quotidiano

Dalton Martins, Hernani Dimantas

(25/10/2007)

Ao preparar essa coluna, navegando através das redes, encontramos algo que permite ilustrar alguns dos conceitos que estamos construindo em conjunto e "presenciar" esse estar em rede. Antes de iniciarmos nossa conversa, vamos dar uma olhada nesse vídeo sobre redes sociais.

A sociedade sempre funcionou em rede. Aliás, sociedade e rede são conceitos indissociáveis. Os seres humanos vêm se organizando em redes colaborativas desde o começo dos tempos. Há muito que tal tipo de organização permite que sejamos capazes de transformar o mundo ao nosso redor, criando conhecimento e cultura de maneira coletiva. Não há sociedade, se não houver redes: de amigos, famílias, primos e primas. Conectados por um algum fator que combina os anseios, interesses e desejos das pessoas. Redes não são novidades.

A era industrial, sob o domínio da comunicação de massas, deixou a rede escondida. Em segundo plano. Mas, a internet tem nos levado a reviver a idéia. O sistema torna-se mais abrangente. As redes de amigos cresceram. Hoje em dia, com o advento e popularização da Internet, novas redes colaborativas, voltadas para a produção criativa, têm surgido com incrível velocidade, criando bens coletivos de valor inestimável.

A rede dos hackers, um dos exemplos mais evidentes, produz, todos os dias, inovações técnológicas que prometem revolucionar a economia dominante do mercado de software. São os chamados softwares livres, que podem ser instalados gratuitamente no seu computador, permitindo que você realize uma gama enorme de atividades, desde conectar a sua câmera digital até editar e mixar uma música. Mas o mais importante é que estes softwares são bens criativos compartilhados nessas redes, que podem ser estudados e melhorados por todos.

A produção coletiva e descentralizada de bens criativos não se aplica somente ao software. Já começam a aparecer reflexos dessa nova forma de produção em diversas áreas do conhecimento. Um ótimo exemplo é a WikiPedia, uma enciclopédia construída coletivamente na web. O software livre é o caso mais conhecido e mais impactante de uma nova dinâmica que demonstra a produção de conhecimento livre como alternativa economicamente viável e sustentável.

Poder e saber são antagônicos. Saber exige liberdade, e despreza a autoridade sobre outros

Pretendemos discutir o surgimento das novas redes, o papel da internet e da tecnologia digital como catalisadores de multiplicação, e os impactos sociais, culturais e econômicos deste novo meio de produção criativa. Poder e saber têm significados antagônicos. Entretanto, a sutileza do destino aproximou conceitos tão dispares. Precisamos contextualizar essa dicotomia e pensar no fato de que ainda não começamos a pensar. Pois a equação poder e saber está desbalanceada numa entropia negativa. O saber só existe quando está livre para voar. O conhecimento livre pressupõe o desatrelamento do poder.

No entanto, a idéia de redes do conhecimento está sendo aplicada de forma esquemática nos projetos de inclusão digital. A tirania do conhecimento formal vem avassalar a periferia. Pois estamos falando de formas diferentes de conhecimento. O que é bom para o centro pode ser descartável para a periferia. E vice versa. As redes do conhecimento acadêmico não fazem sentido, porque não aglutinam as pessoas aos interesses comuns.

A rede indica um futuro libertador. A web só faz sentido quando um se preocupa com o outro. Numa circulação generalizada e libertadora de fluxos de informações e das ondas econômicas. A web é um mundo que nós criamos para todos nós. Só pode ser compreendido dentro de uma teia de idéias que inclua os pensamentos que fundamentam a nossa cultura, com o espírito humano persistindo em todos os nós. Tal compromisso entre humanos, tal generosidade altruísta não está desenvolvida no centro.

Muito mais que conhecimento formal, as redes articulam convívio, solidariedade, mobilização

Esse conhecimento está impregnado nos mutirões. No efeito puxadinho colaborativo. É só chegar para ajudar o ser humano ser mais feliz. Uma mobilização que vai além da boa ação. É cotidiana e despretensiosa.

Howard Rheingold, autor do livro ’Smart Mobs’ diz que o potencial transformador mais profundo de conectar as inclinações humano-sociais à eficiência de tecnologias da informação é a possibilidade de fazer coisas novas juntamente, o potencial para cooperar numa escala e de maneiras nunca antes possíveis. E mais: multidões inteligentes (smart mobs) emergem quando a comunicação e as tecnologias da computação amplificam o talento humano para cooperação.

As redes da mobilização englobam a rede do conhecimento. São mais factíveis, reais, e com resultados rápidos. A sociedade civil se organiza, compra, vende, troca, aprende e ensina mobilizando as bases para o interesse comum. Desenvolver a comunidade, criar filhos, conviver com amigos, trabalhar e tentar ser feliz. Dizemos que estar em rede não há mais necessidade de operar a mudança social, ela se faz permanente.

13/06/2009

Led Zeppelin - I [1969]



Primeiro álbum do led.... Imperdivel

1.Good times bad times
2.Babe i'm gonna leave you
3.You shook me
4.Dazed and confused
5.Your time is gonna come
6.Black mountain side
7.Communication breakdown
8.I can't quit you baby
9.How many more times

São Paulo Underground - Sauna um Dois Três

http://electrojazz_volume1.podomatic.com/mymedia/thumb/38091/460%3E_661060.jpg


Download: http://rs261.rapidshare.com/files/69536067/Sao_Paulo_Underground_-_2006_-_Sauna_Um__Dois__Tres.zip



1. Sauna, Um, Dois, Três
2. Pombaral
3. The Realm of the Ripper
4. Olhossss?
5. Afrihouse
6. Black Liquor
7. Balão de Gás
8. Numa Grana

as diferentes encarnações do projeto Chicago Underground (orquestra, duo, trio, quarteto) dois elementos chamam a atenção. O primeiro é a conexão quase telepática do cornetista e manipulador eletrônico Rob Mazurek com o baterista Chad Taylor, que participa de todas as formações. O segundo é a clareza com a qual os elementos acústicos e eletrônicos são combinados.

Morando no Brasil, Rob Mazurek montou uma “versão brasileira” do Chicago Underground. Com Maurício Takara (Hurtmold), nasceu o São Paulo Underground. Sauna: Um, Dois, Três é o primeiro disco da dupla, lançado por aqui pela Submarine Records. Nele, Rob Mazurek toca corneta, computador, eletrônica e piano e Maurício Takara fica com bateria, percussão,computador e sampler.

Diferentemente dos projetos do Chicago Underground, o disco é repleto de convidados. Desde os companheiros de Takara no Hurtmold, Fernando e Mario Cappi, Marcos Gerez, Rogério Martins e Guilherme Granado, até Marcos Axé, Fernando Catatau (Cidadão Instigado) e Tiago Mesquita, que lê/interpreta dois textos seus. Do lado gringo, Chad Taylor participa de forma oblíqua com um sample de bateria e o baixista de jazz de Chicago Josh Abrams.

Ouvindo o disco - e talvez por influência da arte da capa -, não consigo tirar da cabeça um paralelo com a arquitetura e o urbanismo caótico de São Paulo, com seus prédios feios, pichados, com suas ruas que não fluem. Comparado à clareza de outros discos do Chigago Underground, Sauna: Um, Dois, Três tem um som mais sujo, mais caótico e, de certo modo, mais visceral.

Já na primeira faixa, a cacofonia de vozes soterrada no mix sob efeitos eletrônicos pesados, que persiste até entrarem a bateria e a corneta mais livres, transmite uma sensação claustrofóbica só encontrada nas pinturas de Anselm Kiefer sobre a cidade de São Paulo.

Como o disco é todo construído sobre uma tensão espacial, a conjunção de efeitos eletrônicos atordoantes, a sobreposição de samples e texturas, a intercalação de ritmos mais jazzísticos com marcações do tempo quase mântricas formam um duplo com a cidade e seus contrastes.

Numa determinda hora se está imerso na beleza leve de “Olhossss...”, uma beleza que vai se deteriorando lentamente. Noutra se está ensimesmado, andando em círculos dentro de “The Realm of the Ripper”. Mais tarde, é sacudido por uma percussão afro em "Afrihouse", como que tropeçando numa macumba na esquina. Tudo termina nos escos de vozes de “Numa Grana”.

Percorrer esses caminhos e descobrir os cantos mais obscuros dos subterrâneos da cidade, contrapondo sua sujeira à sua beleza, é o desafio de Sauna: Um, Dois, Três. Um desafio que quem gosta de improvisação, de ouvir um jazz e de eletrônica que expande suas fronteiras até as mais inimagináveis periferias precisa encarar de frente.

por
Guilherme Werneck