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30/12/2009

Lázaro Curvêlo Chaves



Em primeiro lugar, deve-se desprezar concepções errôneas segundo as quais "anarquia" seria sinônimo de "bagunça". Anarquia é ausência de governo e mesmo de atividade parlamentar; que os agentes políticos devem atuar diretamente em busca de manter e ampliar todas as formas de participação nos aspectos decisórios da sociedade em que vivem. Ação Direta, aliás, é o nome que adotam várias organizações anarquistas pelo mundo afora.

Diz-nos Malatesta em seus "Escritos Revolucionários" que "Se quiséssemos substituir um governo por outro, isto é, impor nossa vontade aos outros, bastaria, para isso, adquirir a força material indispensável para abater os opressores e colocarmo-nos em seu lugar * Mas, ao contrário, queremos a Anarquia, isto é, uma sociedade fundada sobre o livre e voluntário acordo, na qual ninguém possa impor sua vontade a outrem, onde todos possam fazer como bem entenderem e concorrer voluntariamente para o bem-estar geral. Seu triunfo só poderá ser definitivo quando universalmente os homens não mais quiserem ser comandados ou comandar outras pessoas e tiverem compreendido as vantagens da solidariedade para saber organizar um sistema social no qual não mais haverá qualquer marca de violência ou coação".

A atividade do anarquista, do socialista utópico (em sua sublime acepção de conquista da Esperança possível) não é violenta nem repentina, mas gradual, pedagógica, passo a passo.

"Não se trata de chegar à anarquia hoje, amanhã ou em dez séculos, mas caminhar seguramente rumo à anarquia hoje, amanhã e sempre. A anarquia é a abolição do roubo e da opressão do homem pelo homem, quer dizer, abolição da propriedade privada dos meios materiais e espirituais de produção e do governo formal; a anarquia é a destruição da miséria, da superstição e do ódio entre as pessoas. Portanto, cada golpe desferido nas instituições da propriedade privada dos meios de produção e do governo é um passo rumo à anarquia. Cada mentira desvelada, cada parcela de atividade humana subtraída ao controle da autoridade, cada esforço tendendo a elevar a consciência popular e a aumentar o espírito de solidariedade e de iniciativa, assim com a igualar as condições é um passo a mais rumo à anarquia."

Os surrealistas, que há anos estão unidos aos anarquistas afirmam ainda que cada vez que um casal se une e sua união não é uma fancaria, mas a autêntica expressão do verdadeiro amor entre duas pessoas que se completam plenamente, ocorre mais um abalo no que chamam de "gigantesca caserna" em que se tornou a sociedade industrial. "O ocidente é um acidente!" denuncia Roger Garaudy em "Apelo aos Vivos" com a autoridade de quem sempre esteve nos pontos mais avançados de defesa política e filosófica do que promove o humano no mundo.

Seguindo com Malatesta: "Não podemos, de pronto, destruir o governo existente, talvez não possamos amanhã impedir que sobre as ruínas do atual governo um outro surja: mas isto não nos impede hoje, assim como não nos impedirá amanhã, de combater não importa que governo, recusando-nos a submetermos à lei sempre que isto seja contrário aos nossos imperativos de consciência. Toda a vez que a autoridade é enfraquecida, toda a vez que uma grande parcela de liberdade é conquistada e não mendigada, é um progresso rumo à anarquia. Da mesma forma, também é um progresso toda a vez que consideramos o governo como um inimigo com o qual nunca se deve fazer trégua, depois de nos termos convencido que a diminuição dos males por ele engendrados só é possível pela redução de suas atribuições e de sua força, não pelo aumento no número de governantes ou pelo fato de serem eles eleitos pelos governados. E por governo entendemos todo o indivíduo ou grupo de indivíduos, no Estado, Conselhos etc. que tenha o direito de fazer impor leis injustas sobre quem com elas não concorda".

Contundente e radical, repita-se, Malatesta e toda a tradição anarquista que lhe segue proporá a chegada a um governo auto-gestionário, do qual todos possam participar livremente. Um sistema auto-gestionário que possibilite participar livre e alegremente de todo o processo decisório e de execução do que terá sido decidido coletivamente, para que se chegue ao maior aperfeiçoamento social promotor do humano no mundo. Toda a vitória, por menor que seja, dos trabalhadores sobre as classes patronais, todo o esforço contra a exploração do homem pelo homem, toda a parcela de riqueza subtraída aos proprietários e posta à disposição daqueles que a geraram, toda a união amorosa plena entre duas pessoas que se amam intensa e sinceramente, tudo o que se fizer para melhorar as condições existenciais da maioria enfim, será mais um progresso, mais um passo rumo à anarquia, "este sonho de justiça e de amor entre os homens..."

Lázaro Curvêlo Chaves - Primavera de 2000

28/12/2009

"Brasil: Beyond Citizen Kane"




"Brasil: Beyond Citizen Kane" (Muito Além do Cidadão Kane) é um documentário produzido por Simon Hartog, em 1993, para o Canal 4 da BBC, sobre a política de telecomunicações do Brasil, com foco na Globo de Roberto Marinho.

Planet Hemp - MTV ao vivo




Letras soco na cara do sistema, falando sobre a polícia, política e legalização da maconha. Um apelo de forma inteligente.
Mtv ao Vivo Planet Hemp reúne algumas das melhores músicas dessa banda fudida, uma das melhores bandas das terras tupiniquins, se não a melhor!!!




1.Intro
2.Nao Compre, Plante!
3.Legalize Ja
4.Raprockandrollpsicodeliahardcoreragga
5.Queimando Tudo
6.Hc3
7.Procedencia C.D.
8.Fazendo a Cabeca
9.Stab
10.Dig Dig Dig ( Hempa)
11.Phunky Buddha
12.Hip Hop Rio
13.Culpa E de Quem?
14.Se Liga
15.Zerovinteum
16.Contexto
17.Mantenha O Respeito

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Planet Hemp - A invasão do sagaz homem fumaça



"Só me pegam no dia em que o Sargento Garcia pegar o Zorro", desafia D2 no acelerado funk 12 com Dezoito, que abre o disco debochando da prisão que tirou a banda de circulação. O espírito reinante no Sagaz Homem Fumaça é basicamente esse: carioquíssimamente, curtir uma onda com o abuso de autoridade, a corrupção, a imbecilização, a hipocrisia política e tudo aquilo que o povo engoliu mas com o qual definitivamente não se acostumou. "Adivinha doutor quem tá de volta na praça/ Planet Hemp, Ex-Quadrilha da Fumaça", manda o rapper mais à frente, em Ex-Quadrilha da Fumaça, sobre uma base rock flagrantemente ledzepelliniana. E a provocação continua: o Planet é o test drive de freio de camburão no rap que versa sobre a banda podre da polícia (com sample de Porcos Fardados). O punk hardcore come solto em Procedência C.D., faixa política assim como o funk Stab, em que D2 fuzila: "Entra Fernando e sai Fernando e quem paga é o povo/ Que pela falta de cultura vota nele de novo." O samba-funk Contexto sampleia Mentira, de Marcos Valle. "Apologia às drogas?" "É mentira...", invade safado o refrão da música original. Já no Rapandrockandroll..., D2 avisa: "Represento o hip hop, pesadelo do pop." Pura onda, porque em seguida ele e o rapper Sen Dog, do Cypress Hill estão pedindo papel para enrolar o baseado (na cubana Quem Tem Seda?), ou então D2 está novamente criando hilárias frases, como "Eu passo massacrando igual Hildebrando com sua serra" (em É Isso Que Eu Tenho no Sangue). A fumaceira só podia acabar em reggae – O Sagaz Homem Fumaça. Nele, é Seu Jorge, ex-Farofa Carioca quem dá o recado: "Como já dizia o Samuca do Patrulha da Cidade, quem não reage, rasteja." Uma coisa é fato: caldeirão musical dos mais interessantes, o Planet Hemp enfim conseguiu, com esse disco, transpor sua identidade também para o texto.

(Silvio Essinger)



1 12 Com Dezoito (Zé Gonzales - Rafael Crespo - Marcelo D2 - B. Negão)
2 Ex-quadrilha Da Fumaça (Rafael Crespo - Gustavo Black Alien - Marcelo D2- David Corcos - B. Negão - Jackson)
3 Test Drive de Freio de Camburão (Zé Gonçalves - Gustavo Black Alien - Marcelo D2 - B. Negão)
4 Procedência C.D. (Rafael Crespo - B. Negão - Jackson)
5 Stab (Zé Gonzales - Rafael Crespo - Marcelo D2 - B. Negão)
6 Four Track (Rafael Crespo - Marcelo D2)
7 Gorilla Grip (Rafael Crespo)
8 Contexto (Zé Gonzales - Rafael Crespo - Gustavo Black Alien- Marcelo D2 - B. Negão)
9 Dz Cuts (Zé Gonzales - Rodrigo Nuts)
10 Raprockandrollpsicodeliahardcoreragga (Rafael Crespo - Marcelo D2 - David Corcos - B.Negão)
11 Quem Tem Seda (Zé Gonzales - Marcelo D2)
12 É Isso Que Eu Tenho No Sangue (Zé Gonzales - Marcelo D2 - David Corcos)
13 Quarta De Cinzas (Rafael Crespo)
14 HC3 (Rafael Crespo - Marcelo D2 - Carlinhos)
15 O Sagaz Homem Fumaça (Seu Jorge - Rafael Crespo - Ganja - Marcelo D2)



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Planet Hemp - Os Cães Ladram Mas A Caravana Não Pára




1.- Zerovinteum
2.- Queimando Tudo
3.- Hip Hop Rio
4.- Bossa
5.- 100% Hard Core
6.- Biruta
7.- Mão Na Cabeça
8.- O Bicho Tá Pegando
9.- Adoled (The Ocean)
10.- Seus Amigos
11.- Paga Pau
12.- Rappers Reais
13.- Nega do Cabelo Duro
14.- Hemp Family
15.- Quem me Cobrou
16.- Se Liga



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Planet Hemp - Usuario




O Planet Hemp é uma banda brasileira que surgiu no Rio de Janeiro em 1993, quando Marcelo D2 e Skunk se encontraram resolveram juntar suas letras de rap com o barulho de Rafael, Formiga e Bacalhau.

A banda surgiu num encontro casual entre D2 e Skunk, pelas ruas do Catete. D2 usava uma camisa do Dead Kennedys e Skunk, vendedor e artesão de camisetas de Rock, deu início a um diálogo e daí nasceu a amizade e vocação. Skunk falava de música todo o tempo nesse momento D2 resolveu que queria ser músico. A Banda não era pra ser de Rap e sim de Rock, mas eles não sabiam tocar nada e queriam cantar.

O nome da banda foi tirado da revista americana High Times, especializada em cannabicultura, ou seja sobre o cultivo de maconha, e “Hemp” em alguns paises de lingua inglesa significa maconha. Mais tarde, se juntaram à Skunk e D2, Rafael, Formigão e Bacalhau.

No palco os vocais falados do rap foram misturados com as guitarras psicodélicas e com letras que pediam a legalização da maconha com muita fumaça e zoeira. Desde o começo, o Planet Hemp se destacou por sua performance ao vivo.






01 - Não Compre Plante
02 - Porcos Fardado
03 - Legalize Já
04 - Deisdazseis
05 - Phunky Buddha
06 - Maryjane
07 - Planet Hemp
08 - Fazendo a Cabeca
09 - Futuro Do Pais
10 - Mantenha O Respeito
11 - Puta Disfarcada
12 - Speed Funk
13 - Muthafuckin Racists
14 - Dig Dig Dig (Hempa)
15 - Skunk
16 - A Culpa É De Quem
17 - Bala Perdida


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27/12/2009

Azymuth




Primeiro disco do trio carioca de jazz/funk lançado em 1977.

Bem comedido e sem virtuosismo o Azymuth conduz as músicas de maneira bem light e agradável, com muito estilo e swing que só o músico brasileiro possui, como em Brazil e Seems Like This, com vocais muito bonitos e o baixo pulsante de Alex Malheiros.
José Roberto Bertrami leva com desenvoltura seu Piano Fender Rhodes, porém de maneira cuidadosa para não carregar a bela harmonia da canção.
Em Caça A Raposa, mais uma vez Alex Malheiros aparece com seu baixo de timbre onipresente e marcante enquanto o baterista Ivan Conti divide sua atenção entre a bateria e alguns instrumentos de percussão. A cama perfeita para, mais uma vez, Bertrami desfilar as harmonias de seus teclados.
O trio dá uma acelerada em Wait For My Turn e Malheiros também parte para o violão, enquanto o restante da banda faz os contra-pontos, deixando algumas lacunas propositalmente.
A melhor música geralmente fica no fim do disco ou no padrão CD, pode ser também a número 6 ou 7. Nesse caso é a última música, Periscópio, onde o Azymuth resolve soltar as amarras.


1. Linha do Horizonte
2. Melô do dois bicudos
3. Squonk
4. Mad Man Moon
5. Robbery, Assault
6. Ripples
7. A Trick Of the Tail
8. Los Endos


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25/12/2009

Israel Vibration - Live Again!


20 anos de carreira e inúmeras canções na lista dos melhores clássicos do reggae de todos os tempos. Pedrada pra sua toca.



01 - Rockford Rock
02 - Same Song
03 - Jailhouse Rocking
04 - Rudeboy Shufflin
05 - Never Gonna Hurt Me Again
06 - You Never Know
07 - There is No End
08 - On the Rock
09 - Greedy Dog
10 - Racial Injustice
11 - Red Eyes
12 - Strength of My Life
13 - Licks And Kicks
14 - War


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pensamentos....sociedade



“Se as comunidades, em vez de aspirar, como têm feito até hoje, a ocupar vastos territórios e a satisfazer sua vaidade com idéias de império, contentassem-se com um distrito pequeno, com uma cláusula de confederação em caso de necessidade, todo indivíduo viveria sob o olhar público; e a desaprovação de seus vizinhos, uma espécie de coerção não derivada dos caprichos do homem, mas do sistema do universo, inevitavelmente o obrigaria a reformar-se ou a emigrar”.

(William Godwin)

13/12/2009

Jards Macalé - Jards Macalé (1972)




Jards Macalé, primeiro disco do cantor carioca, é um dos trabalhos mais inusitados da música brasileira. Um disco até hoje duro de ser conceituado - e por isso mesmo genial, e tantas vezes esquecido. Feito após Jards ter passado por experiências diversas como músico, o álbum marcava sua transição para a via pop, revolucionando a música brasileira ao mesclar rock, samba, eruditismo, jazz, bossa-nova, tropicalismo, melancolia e sofrimento em doses cavalares. Gravado às pressas, da forma mais minimalista possível (com Jards no violão, Lanny no violão solo e no baixo e Tutty na bateria), o disco traz uma sonoridade crua, anti-comercial, com letras que chegam a soar punks. O LP abria com "Farinha do desprezo", quase um anti-rock, desconstruído, misturado com samba e jazz (a letra: "só vou comer agora da farinha do desejo/alimentar minha fome para que nunca mais me esqueça/como é forte o gosto da farinha do desprezo").

Uma vinheta com "Vapor barato" a capella - cantada de forma quase fúnebre, fantasmagórica mesmo - antecede o forrock "Revendo amigos", que chegou a ir 12 vezes para a censura, encucada com versos como "se me der na veneta eu morro/se me der na veneta eu mato". Numa época em que Roberto Carlos era rei, Jards só oferecia romantismo em faixas originais como o quase-samba "78 rotações", na voraz "Meu amor me agarra & geme & treme & chora & mata" e na desolação de "Movimento dos barcos". O lado mais característico de Macalé, no entanto, era a faceta melancólica e existencial de faixas como o rock "Mal secreto" ("massacro meu medo, mascaro minha dor, já sei sofrer") e o hino "Let's play that" ("vai, bicho/desafiar o coro dos contentes", dizia a letra de Torquato Neto). Num viés tenso, repleto de improvisos roqueiros ao violão, em que não havia oposição entre tristeza e felicidade, alegria e melancolia ("dessa janela sozinha/olhar a cidade me acalma/estrela vulgar a vagar/rio e também posso chorar", diz a letra de "Hotel das estrelas", que fechava o disco), Jards Macalé também trazia o rock´n roll suicida e ágil de "Farrapo humano" (de Luiz Melodia) - sintomaticamente seguido pelo samba "A morte", de Gilberto Gil.

A ousadia custou caro: Jards Macalé acabou tendo pouca tiragem e logo foi tirado de catálogo. O cantor iniciou uma série de shows, mas continuava com problemas de colocação no mercado. Em 1973, liderou na Philips um misto de show-disco coletivo, O banquete dos mendigos, feito por ele e por vários amigos para comemorar o aniversário de 25 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem e, de quebra, ajudar a tirar a conta de Macalé do vermelho: o show foi feito, mas o disco ao vivo acabou sendo completamente censurado e só liberado em 1979 (e já pela RCA).




01. Farinha do Desprezo
02. Revendo Amigos
03. Mal Secreto
04. 78 Rotações
05. Movimento dos Barcos
06. Meu Amor me Agarra & Geme & Treme & Chora & Mata
07. Let's Play That
08. Farrapo Humano - A Morte
09. Hotel das Estrelas



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Curumin - Achados e Perdidos





Cantor, compositor e multiinstrumentista paulistano. Começou sua carreira nas bandas Sindicato do Groove e Zomba, com Paula Lima nos vocais, além de tocar bateria com Arnaldo Antunes.

“Achados e Perdidos”, seu primeiro disco solo, mostra um som com fortes referências a Jorge Ben Jor e ao estilo dos artistas da clássica gravadora Motown, tudo temperado com pitadas de hip-hop, funk, soul e rock. Nos Estados Unidos, é representado pelo cultuado selo californiano Quannum, o mesmo de Blackalicious e DJ Shadow, entre outros. No Brasil pela YB, a mesma de Turbo Trio, Z’África Brasil, Romulo Fróes etc.



01 - Guerreiro
02 - Samba Japa
03 - Tudo Bem Malandro
04 - You Haven't Done Nothing
05 - Índio Dança Na Roda (Participação Instituto)
06 - Acorda, Simpático
07 - Solidão Gasolina
08 - Curukurombo
09 - Cadê O Mocotó? (Essa Coisa) (Participação Nereu Gargalo)
10 - Vem Menina (Participação Lino Crizz)
11 - Sertão Urbano (Participação Arnaldo Antunes)
12 - Olhando De Uma Janela No Centro Da Cidade (Participação Lino Crizz)


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07/12/2009

Os Blefes

"Um homem que ainda tem chances de ganhar dinheiro procura convencer-se de que a riqueza o "salvará". Quem tem consciência de que já não conseguirá transpor as cercas da miséria, luta para convencer-se de que existe um deus com poder de resgatá-lo. Ambos blefam para si mesmos, e enquanto o blefe do primeiro encheu o mundo de escravos, o blefe do segundo deu origem aos mais diversos bandos de energúmenos."


"Ezio Flavio Bazzo"

06/12/2009

Aline Duran - Novo Dia



Cantora e compositora, Aline Duran é a nova cara do reggae brasileiro e tem seu primeiro CD lançado pela Deckdisc. “Novo Dia” tem 11 faixas, sendo 10 músicas de autoria da própria Aline, além de uma versão de "Everything I own", do Bread. Músicos consagrados no cenário contemporâneo participam deste trabalho como Bi Ribeiro, João Fera, Ronaldo Silva, Marlon Sette, Rodrigo Sha e Júlio Porto (Ultramen), além do DJ Marcelinho da Lua e do maestro Jota Moraes. A faixa “Pra quem Jah olha” tem um dueto com Black Alien, músico dos mais atuantes no underground brasileiro da última década. “Um disco de colaboração”. Assim o produtor Rafael Ramos define “Novo dia”, álbum de estréia de Aline Duran. A explicação está na própria ficha técnica do CD: gravado em estúdios do Rio de Janeiro e de São Paulo, Aline atraiu gente de peso, que se encantou com seu trabalho de primeira e fez questão de participar do disco. Marcaram presença músicos veteranos como o maestro Jota Moraes (Azymuth e Cama de Gato), Bi Ribeiro e João Fera (Paralamas do Sucesso e Reggae B), Black Alien, Marlon Sette e Ronaldo Silva (Reggae B), além do DJ Marcelinho da Lua, Rafael Ramos, Rodrigo Sha (Bossacucanova) e Júlio Porto (Ultramen).


01. Bem-Vindo à Selva
02. E Com Você
03. Olhar Pro Sol
04. Reggae Pra Agradecer
05. Novo Dia
06. Eu Vou Lá
07. Pra Quem Jah Olha, com Black Alien
08. Você Aqui
09. Terça a Segunda
10. Depois de Amanhà
11. Sentir a Vibe


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Interferência Eduardo





muito raro nos deparamos com alguem q vem batendo na msm tecla a + d 18 anos e nem sequer mostrou duvida ou medo, apesar d ser largamente desacreditado, ameaçado e desencorajado a prosseguir.

são menos d 4min d entrevista e ja foi o suficiente p dar um choque d conhecimente, com esta impressionante capacidade d expor FATOS.

sem + palavras sobre o Eduardo, genio. se vc's realmente apressiam o trabalho do FC façam o recomendado pelo Eduardo......

"Comentario de "DCSAmimd" no Youtube..."

05/12/2009

Tempos Modernos




Noticias tendenciosas, hoaxes, spams, boatos sem sentido, intensionalmente ou não espalhados, manipulação política, informações inúteis, curiosidades supérfluas, omissão de informação, campanhas de desinformação, teorias conspiratórias, histerias coletivas, factóides e intervenções anônimas de pseudo-artistas fracassados, escatologia, terrorismo poético, flame wars, humor nonsense, bancos de dados apagados e back-ups perdidos, ensaios de relativa relevância acumulando mofo em profundesas oceânicas abissais, obras que ninguém entende, dicas de especialistas em como combinar a cor da meia com o cardápio de um jantar tailandês e o tipo de transtorno de personalidade do seu acompanhante, relatórios globais sobre o número de mortos em tragédias naturais do ano retrasado, profecias financeiras auto-realizáveis, profecias auto-realizáveis em geral - vou arrancar teus olhos com as mãos puta velha imunda - exuberância irracional dos mercados, efeito-manada-direto-para-o-buraco, narcisismo e exibicionismo coletivo, blogs, fotologs, o vídeo-do-meu-cachorro-cheirando-a-própria-merda, defacers pornográficos, hackers assexuados, crackers obsessivo-compulsivos, montagens difamatórias mal-feitas, montagens difamatórias bem-feitas, montagens difamatórias verídicas!!! Vídeos amadores de lobas-solteiras-em-busca-de-sexo, vídeos caseiros de bichas-em-busca-de-pica, sexo com animais, sexo com freiras, pedofilia, inversão de papéis, incesto, cropofagia, necrofilia, BDSM, BBBs, animes transexuais, ursos de pelúcia de olhos amendoados empalados até a garganta, pirataria generalizada, plágio e falsificações, opiniões infundadas, pesquisas de opiniões infundadas, estatísticas furadas, projetos de pesquisa científica acerca de banalidades cotidianas financiados pelo governo, cartas escritas em etrusco, enormes enumerações de fatos díspares, todos os atendentes ocupados, lixo cultural reciclável, propagandas de produtos inexistentes, golpes, pirâmides financeiras, necrópsias e aberrações, vídeos de assassinatos, vídeos de acidentes automobilísticos, vídeos de brigas de gangues, vídeos de abortos involuntários pela boca, receitas de tortura medieval, discussões pseudo-científicas em fóruns pseudo-político-econômicos, informações históricas adulteradas, fatos políticos deturpados, erros de transmissão, ruído branco, junkies informacionais andando em círculos por séculos a fio, corrupção de dados na memória esmagada em restos de eterno presente, receitas de drogas caseiras feitas de lixo de bateria, ativistas de causas obscuras, relato real de um skoptsi russo auto-castrado do século XIX, a janela, o zoológico, o corpo em pedaços, gurus econômicos neo-hippies traçam gráficos baseados em astrologia quântica, grupos anarco-nacional-socialistas e terroristas da velha guarda an-cap explodem o FED, o braço esquerdo de alguém caiu escada abaixo e ninguém lembra ou se importa onde está o direito para pegá-lo, o troll imortal, pop-ups de descontos, notícias bizarras, fotos de atropelamentos, novas dietas, descendentes de muçulmanos gerados em prostíbulos judeus inauguram a Igreja da Sétima Ressurreição Re-Crucificada de Cristo, aguardam a oitava crucificação versão redux, nerds de todo mundo em estado semi-catatônico batem uma punheta coletiva, William Burroughs rolando na cova, pornografia para crianças, mercado negro de anfetaminas, epidemias de doenças medievais, artista performático incendeia o Louvre e denuncia a fetichização da arte, coloca fotos das obras em tamanho natural à venda numa instalação ao ar livre no Taiti e doa a arrecadação para o Khmer Vermelho, paranóicos seguem dia e noite tentando apagar toda e qualquer informação existente sobre si mesmos, 300 monges meditam sob efeito de tiner com mãos, boca, garganta e pulmões queimados por três dias e noites de uso incessante, se matam num surto psicótico transmitido em rede nacional, o mais novo herói da humanidade decarrega uma metralhadora em alguma escola, sobreviventes navegam um catálogo ilustrado on-line de doenças de pele, feministas e red necks, anarquistas e neo-nazis, vegans e neo-cons, delirium tremens, redução ao absurdo, a navalha, pedaços de cabelo, vísceras pelo chão, carne esfolada, são para seus olhos... “a última do verão para magéééééérrimas que se resumiram a um cu com dentes, ao caminho mais curto entre dois pontos, a autofagia perfeita, às demais, o açogueiro, queridinha...”, meu braço!, meu braço! entropia exponencial, fake do fake, interferências, cachaceiro desgraçado! hoje eu não volto, após o preço do dólar desabar, a China declara falência por seus títulos da dívida americana não valerem mais porra nenhuma, terremoto mata mais de 20 mil no Paquistão, acidente aéreo em Budapeste mata outros tantos, a vida é um puteiro, boa noite.

04/12/2009

Vilém Flusser







... a visão de uma humanidade transformada em rebanho de vacas. Uma humanidade que pastará e ruminará satisfeita e inconsciente, consumindo erva, na qual uma elite invisível de "pastores" tem interesse investido, e produzindo o leite para tal elite. Tal humanidade será manipulada pela elite de maneira tão sutil e perfeita que se tomará por livre. Isto será possível graças à automaticidade do funcionamento da vaca. A liberdade ilusória encobrirá a manipulação "pastoril" perfeitamente. A vida se resumirá às funções típicas da vaca: nascimento, consumo, ruminação, produção, lazer, reprodução e morte.


Vilém Flusser

03/12/2009

MISTY IN ROOTS - Wise And Foolish


Com uma carreira de mais de quatro décadas, Misty In Roots é um dos grupos mais finos do reggae da Inglaterra. A banda foi um dos atos vivos dos mais poderosos do reggae que emergiu nos anos 1970 em Londres, e foram uma das forças principais no movimento contra o racismo ´´Rock Against Racism´´. Estão ainda com estilo em 2002, com um grande album novo na gravadora Real World Records denominado ´´Roots Controler´´. Esta banda britânica do reggae das raizes Misty In Roots tocou junto por 20 anos, primeiramente vindo junto em 1975 e trabalhando como uma faixa do revestimento protetor para o grande cantor Nicky Thomas;um dos maiores artistas jamaicanos de todos os tempos, que tinham conseguido o sucesso nacional da carta com canções tais como "Living In The Land Of The Common People". Nicky Thomas foi a inspiração em que Misty In Roots se desenvolveu. Por volta de 1978,a Misty In Roots começou a desenvolver seu próprio som ortodoxo do reggae das raizes. Suas letras poderosas, inspiradas pelo declínio econômico, uma consciência de crescimento de sua cultura africana e trilhas inspiradas no espiritual



01 - Bail Out
02 - City Blues
03 - Wise and Foolish
04 - Live Up
05 - Life Boat
06 - Slavery Days
07 - Jah Bless Africa
08 - Peace and Love

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01/12/2009

Camorra - Vírus


Uma tendência mais positiva do rap brasileiro. Destaque, para a faixa "O Morro Não Tem Vez", jóia rara da MPB,com Max de Castro nos vocais. E a participação de Criminal D na faixa "Conselho". vale ressaltar a participação de Simoninha.





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1. Intro
2. Vírus
3. Pingo É Letra
4. Sossegado
5. Conselho
6. Efeito Alucinógeno
7. Rolê
8. Proceder
9. R.A.P.
10. Pé No Chão
11. Síndrome
12. Atropelo
13. Universo Abstrato
14. Vê Se Não Esquece