"Há séculos está sendo pregado que o deus-trabalho precisaria ser adorado porque as necessidades não poderiam ser satisfeitas sozinhas, isto é, sem o suor da contribuição humana. E o fim de todo este empreendimento de trabalho seria a satisfação de necessidades. Se isto fosse verdade, a crítica ao trabalho teria tanto sentido quanto a crítica da lei da gravidade. Pois, como uma "lei natural" efetivamente real pode entrar em crise ou desaparecer? Os oradores do campo de trabalho social - da socialite engolidora de caviar, neoliberal e maníaca por eficiência até o sindicalista barriga-de-chope - ficam em maus lençóis com a sua pseudo-natureza do trabalho. Afinal, como eles querem nos explicar que hoje três quartos da humanidade estejam afundando no estado de calamidade e miséria somente porque o sistema social de trabalho não precisa mais de seu trabalho?"
04/04/2010
Manifesto contra o Trabalho
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