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22/11/2008





Socialismo ou Barbárie

A atual crise não se resume a uma crise financeira. O estouro das bolhas do crédito nos EUA é apenas a ponta do iceberg de um processo que tem sua origem na produção. O desenvolvimento tecnológico (trabalho morto) historicamente cresce, reduzindo o peso do trabalho vivo (assalariado) no processo de produção. Mas é unicamente o trabalho vivo que possui a propriedade de gerar valor. Este processo não tem volta. O capitalismo, em seu desenvolvimento, estreita progressivamente suas próprias bases de valorização. Desde os anos 70, estas se tornam cada vez mais estreitas, imperando a lógica da "empresa enxuta", que desencadeia uma crise de financiamento dos Estados.Paralelamente, o inchaço das bolhas especulativas e do capital fictício surgem como compensação à redução da taxa de lucro e da valorização. O capital apela para a ficção como uma fuga para a frente, tornando-se uma utopia. Direitos trabalhistas e sociais são retirados porque se tornaram “barreiras” para a acumulação. O capital se assemelha a um navio a vapor que queima as próprias tábuas do convés para se manter navegando.O capitalismo atinge os seus limites lógicos, empurrando a humanidade para a beira da barbárie, como um trem desgovernado rumo à colisão. Mas não atingiu seus limites históricos, que só podem ser colocados por um movimento emancipatório. Os administradores do sistema, em sua sandice mercantil, ameaçam conduzir a humanidade à destruição completa, na medida em que se esforçam para prolongar a existência do capitalismo, descarregando o peso da crise sobre os mais pobres e os trabalhadores. Nunca as palavras de ordem "Socialismo ou Barbárie" foram tão atuais. É necessário, entretanto, reinventar o socialismo, em novas bases, e como um projeto para desmercantilização da vida.

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